A parábola da paixão...

Um novo post para o blog... escrito por mim, com um sentimento consentido pelo meu velho coração, através de uma conjunção de pensamentos paramnésicos...

Bom... nenhum post deve ignorar a atualidade... é um tempo em que nos redescobrimos medievais... retrogradamente medievais... e por essa razão, encejamos com emergência a volta à contemporaneidade... vivemos uma pandemia ameaçadora e ao mesmo tempo parece surgir uma nova desordem político-econômica, corruptora do poder e desumanizante da humanidade... 

A pandemia vai passar... a vacina será a definitiva curva da narrativa que se constrói nesses tempos... isso é claro e nítido... é matemático... 

Já, quanto à nova desordem, a curva também se aproxima... a curva será a consequência dos retrocessos impostos aos dominados pelos dominantes... será uma reviravolta... seja, então, revolucionária!

Mas  escrevo aqui sobre um sentimento... um sentimento que define todas as características do meu ser, quando este é poeta...

Preciso confessar que através dos teus beijos,  veio-me o intenso desejo... surgiu-me o estado poético... e cada traço teu tornou-se, diante dos meus olhos, o que há de mais belo no mundo... perfeição!

É, contudo, indubitável que eu esteja próximo ao desfecho temido por meu coração... a curva da linha do tempo do meu sentimento que aqui se apresenta tem a forma parabólica... uma história assim, na linha de ações, parte do zero e para o zero retorna... 

Conexões em progressão geométrica encontram suas variáveis inversas, anulando as  espectativas... Fosse meu coração o escritor dessa história, a curva não seria uma parábola, mas tal como um  mútuo desfecho entre dois protagonistas!

Meu coração tem essa personalidade romântica evanescente... é ele quem me dá o impulso de escrever sua história... sei que não quer que eu o interrompa... mas nesse momento preciso censurá-lo, ainda que tal ato me doa... 

Não há território... não há ronance...
Como poderia haver um desfecho?

Eis que meu coração responde: "é subjetiva tal pergunta, e só há como responder da mesma forma: 1+1=1".




Paz Marina

Parece uma distância 

tão maior de tempo...

Mas é uma instância 

em pormenor que invento...

Encontro esperança 

nas raízes das lembranças...

E o que se agiganta 

é a paixão que venho a ter...

Sou navegante... Disso sei...

Nasce o dia! 

O sol irradia esse querer...

Se antes eu temia 

O eterno navegar...

Agora a paz marina

Dá-me rumo nesse mar...

É tão lindo estar assim... 

Romântico sonhador...

Navegante até o fim... 

Ou então, conquistador...

Será que saberei

Se meu sonho é amor?

Pois me aprumo como um rei...

E navego sem temor!