Cupido



Versão romana de Eros, o deus grego do amor... 

Roma antiga, em seu expansionismo militar, determinou uma cultura de guerra...

Então, Cupido, tão benfazejo, com suas flechas, ironiza esse mal e exalta o amor invencível, na busca pela felicidade...

Ora, Cupido também ama: apaixonou-se por Psiquê - uma mortal, que o inspirou... então, suplicou a Júpiter, o senhor dos deuses, que a tornasse imortal...

E agora aqui estou, apaixonado, desejando que o amor que sinto, obra de Cupido, seja eterno...

Oh, Cupido, certeiro deus do amor! A tu, menino alado, que também amas, suplico: leva-nos à morada dos deuses, ao pico do mundo, eu e minha amada!

mormente o vocativo "meu amor"...



caia em ti um sono bem gostoso enquanto eu vou dormir pensando no carinho que eu quero te dar...

exatamente isso...


pois o carinho teu, eis que meu coração sentiu com tuas doces palavras... mormente amor!


mmmh eu não resistiria nadinha se estivesse por aí, pertinho do teu ouvido... e da maneira mais de mansinho, te impediria de dormir, pois o que eu teria dito, seria um sopro de suspiro...


exatamente isso...


viste só o que tua vontade proporcionou?


eu já tinha saudade, mas o teu querer estar comigo me fez ter, na mesma proporção, vontade de estar contigo... e que vontade!


agora, se eu tiver que contar o que é estar contigo, terei que usar as mais lindas figuras de linguagem, de forma que as palavras mais doces vão formando um post bem sofisticado, do amor mais adocicado!


exatamente isso!



:)))

metapost

Cada post desse blog é uma poesia que foi escrita em um caderno ou em qualquer folha de papel em branco... o primeiro excerto é sempre resultado de um sentimento pertencente a um instante significativo... já os textos presentes no blog Poeta Paramnésico resultam de alguns cortes, compilações e de edições constantes, tendo sempre como base um esboço inicial, um primeiro excerto ou verso.

Entretanto, este post está sendo escrito agora, neste instante em que sou guiado por inspirações oriundas de um sentimento. É zero hora e vinte e três minutos: vou levantar pra pegar um leite; Volto e pretendo agora afinar a escrita nesse processo meu de expressão de um sentimento. Configuro a fonte Georgia, em dedicação à minha inspiradora.

Um minuto se passou...

Passaram-se mais cinco...

Encontrei-a, nesse meio tempo,  no bate-papo do Face Book... conversamos por vinte e três minutos, combinamos um encontro amanhã às 14h e nos despedimos desejando um ao outro muito mais que boa noite...

O sono também me vem...

Mais um minuto se passou...

Vou desligar, pois quero sonhá-la essa noite...

Finda o post...



Manhã de Manha

Momento tão triste como esse meu
Não sei não sofrer - sei não
Não sei não sofrer porque é dor de paixão
Saudade da voz tão rouquinha de
Manhã nhã nhã nhã - manhã
Cedinho me acorda e vem logo manha

Só sei dizer que nunca sei dizer em vão
Então, por que você vem sempre perguntar, meu bem, em vão, se é sempre tão bom?

Quer saber, eu me rendo
Vou dizer o que você quer
Mas saiba que é tortura ser deixado assim, down, nessa solidão

Momento tão triste como esse meu
Não sei não sofrer - sei não
Não sei não sofrer porque é dor de paixão
Saudade da voz tão rouquinha de
Manhã nhã nhã nhã - manhã
Cedinho me acorda e vem logo manha

Saudade da voz tão rouquinha de
Manhã nhã nhã nhã - manhã
Cedinho me acorda e vem logo manha

Sofro Calado...

Não vou invadir sua vida...

Mas quero que me invada e me cerque, com declarações do coração, apaixonada...

O que de você emana...

É tão fluido, que, do nada, eu me perco e pode ser que surpreenda, então, com um ato falho...

Enquanto você se encanta...

Com meus beijos e abraços... Mesmo assim, eu devo lhe dizer: o amor não está: consolidado... 

 

Faça planos...

Na madrugada...

Sonhe comigo...

Escreva cartas...

Apaixonada...

Voe comigo...

Até o abrigo...

Da minha casa...

O Melhor de Mim


(Texto escrito durante a montagem do espetáculo À Mesa, quando se definiu que meu personagem seria o Atrapalhado. As vivências durante os ensaios foram bastante conflituosas. Quando o diretor e o dramaturgo pediram que escrevêssemos textos sob a personalidade de cada personagem, busquei apresentar o bullying resultante do seu estigma e do seu destino patético. Em se tratando de um espetáculo que era construído com a comédia como gênero, busquei acentuar o estereótipo de um atrapalhado ridículo, que sofre inconformadamente seu déficit de atenção e o bullying...)

Antes de mais nada, peço desculpa. Não vou deixar de me expressar aqui com toda a minha sinceridade. E antes que considerem inútil este texto, peço que me dêem atenção...
Tem uma coisa que gosto de fazer: escrever... expressar... e sabendo disso, precurei desde sempre saber escrever.
E aprendi bem a maneira como se escreve o meu expressar, vejam só... por exemplo há regras gramaticais que ninguém sabe - quando digo ninguém, me refiro a nenhuma pessoa, e ao mesmo tempo, no sentido de eu ser o Ninguém, o único que sabe, que é o mesmo que um ninguém ou ainda um alguém acorrentado e amordaçado.
A regra gramatical do obrigado, por exemplo, está aqui, nessa gramática atualizada que carrego comigo, de baixo do meu braço, para que não me contestem... quando duas ou mais pessoas são gratas, elas dizem obrigados, no plural... está aqui... não quero ser arrogante, mas essa regra eu sei.
Bem, continuando... peço novamente que não me interrompam, dizendo que fujo ao tema desta conversa... mas é que sou tão problemático! Sofri os mais profundos sentimentos na vida, que me fizeram alcançar: o opróbrio do meu destino... Tem gente que vê isso em mim, mas interpreta como um pessimismo meu... ou como uma baixa autoestima... outros dizem que tenho Mania de Perceguição... os que dizem isso, claro, não são psiquiatras... e se suas suposições fossem por escrito, certamente, designariam tal patologia com letras minúsculas, ignorando a gramática.
Meu Deus, que análise rasa sobre mim!
Agora vou à origem... gosto de escrever, gosto de me expressar, mas a origem é o sofrimento... se é uma coisa que sei fazer é sofrer... porque gosto do sofrimento... as palavras me vêm, compreendem?
E é isso o que melhor sei fazer... sofrer... na verdade, escrever, um monte de gente sabe.
Mas, entendam! Não sejam injustos! É preciso que saibam... eu nasci para isso: sofrer!
Há quem não entenda as harmonias mais tensas... há quem tenha agonia com a escatologia... enquanto eu faço delas poesia.
Sinto-me como uma mosca varejeira presa numa fossa transbordante de caganeiras múltiplas.
Às vezes eu me sinto capaz... capaz de suportar qualquer coisa e de realizar as ideias mais mirabolantes.
Sabem a alegoria da caverna, de Platão? Em uma caverna todos estão acorrentados, presos, e não enxergam o mundo real... só enxergam as sombras desse mundo... até que um homem se livra das correntes e passa a ver as pessoas como elas são e o mundo como ele é.
Eu sou esse homem... liberto... lúcido e cheio de ideias!
Eu sou justamente esse homem liberto e lúcido que retorna para a caverna e tenta salvar os seus semelhantes, mas é por eles preso e acorrentado...
É por isso que eu, mais do que todos, sei sofrer... sofro... e tenho orgulho de sofrer!
Mesmo que me matem cem vezes, hei de projetar nas paredes da caverna a mais verdadeira e iluminada tela de cinema!
E meu tema preferido é o amor!
Amo tão profundamente!
Sou capaz de amar mais ainda aquela mulher: que me faça sofrer!

Amem-me! Amém.

A natureza para mim é algo que me proporciona muita paz... Não preciso ser rico: a possibilidade de não ter que trabalhar me contenta, se eu puder contemplar uma cachoeira feita por um deus ou então contemplar a divindade nela mesma, ou se eu puder ver o mar poderoso e surpreendente e correr todos os riscos de uma onda traiçoeira ou de um tsunami... Tão grande e despreocupada é minha autoestima no momento da simplicidade de existir!
Mas aí me junto aos humanos, e vejo entre nós a mais desastrosa tolice.
Somos capazes de cometer agressivos atos, violentos, não pela fragilidade da vida ou do organismo, mas pela fragilidade do espírito.
Querem que eu coma merda? Vou comer! Se estou vivo até o momento, é porque ponho a merda social da hipocrisia goela abaixo... Engulo com dificuldade toda essa merda! E cada vez que fraquejo na minha obrigação de ingerir o cocô que acabara de precipitar do ânus folgado, ignorante e egoísta do vil semelhante, sofro as duras penas de me arrancarem os dentes, os olhos e a língua, sem anestesia, sem compaixão...
E antes mesmo que me venha o pensamento suicida, aquele verdadeiramente destemido, já me aproximo da morte - se já não estiver morto: do espírito.
Castigaram minha santidade, enervaram minha sanidade, anularam minha vontade os meus criadores e os meus semelhantes...
Sem espírito, resta-me o ímpeto carnal e vulgar...
Confundo meus últimos batimentos cardíacos, tão tristes, melancólicos, agonizantes e amedrontados, com minha impaciência, minha intolerância contra os outros corpos vivos sem espírito...
Perdi o afeto: cortem-me a língua! Prefiro até que me matem!
Ainda que me passe pela cabeça beijá-los e traiçoeiramente arrancar-lhes as suas línguas, suplico, deixem-me... Não espero que me salvem... Apenas me deixem... Não sou sequer capaz de cuspir de volta o desprezo que têm por mim...


qual ser?

o ser ou não ser, aquele solilóquio nem chega perto da angústia que é minha... é apenas ser... ou não ser... a dor que é minha é ser e, se for, quem ser... são dois sonhos que podem ser... e tenho que matar um sonho para outro ser... não posso ter os dois sonhos meus para mim... não posso matar um sonho... eles é que estão me matando... e morrerei por eles...

É Tão Lindo Quando Estás Comigo...

tenho tanto carinho...
tão doce e tão puro...
que agora eu juro...
tu és meu sossego...
meu corpo é teu abrigo...
tenho amor, tenho tudo...
meu bem, eu juro...
o mundo inteiro...
é tão lindo quando estás comigo!
passa o dia...
chega a noite...
dá saudade sem maria!
faça sol...
faça chuva...
é tão lindo com maria!
céu nublado...
ou estrelado...
enluarado...
ou sem luar...
vem, maria...
é tão lindo quando estás comigo!