Amor sem cura...

Apagado...
Assim que me sinto... Qual o sentido do fluxo intenso do raio? Qual o sentido do fluxo entre as instâncias do psiquismo, esses campos minados que atravessam uma revolução sintomática de uma doença em extinção, AMOR?
As pessoas passaram a se prevenir... Mas contraí tal doença...
Uma tempestade de olhares luminosos me cercava de raios e me cegava no clarão intermitente...
Fugi para meu mundo apagado...
E nele me sinto subjugado pelo medo... Fico, não desesperado, mas em estado de choque, estático... Quero satisfazer meu ego, que precisa de tratamento que elimine esses sintomas psicofísicos do AMOR... Sairei logo do coma, é possível... Quando houver outra chuva de raios quero estar aprumado para correr, não da chuva, mas em busca da luz dos raios... Não posso ficar aqui, imóvel como sempre, angustiado, esperando um raio me atingir... Talvez seja a doença o que me mantém apagado ou, menos provável, me fez perceber que estou apagado, não mais me vêem, não mais me vejo, a não ser quando acendo a lâmpada fria e fosforescente do meu quarto isolado...

2 comentários:

mrsdepp disse...

vc é mais visto do que imagina, só que é mto desassossegado (nao sei quantos s isso tem)... deixa a vida seguir o curso dela, que vc vai chegar aonde e em quem tem que chegar, e aí vai ser uma luminosidade só!

Poeta Paramnésico disse...

Muito Obrigado, querida M.